Livre-arbítrio ou determinismo?
Embora façamos homenagens verbais ao nosso amor ao livre-arbítrio, na hora da verdade agarramo-nos ao determinismo para nos salvarmos. (…) Assim o fazem todos os criminosos que utilizam a defesa de insanidade ou de responsabilidade diminuída. Assim o fazem todos os cônjuges ciumentos que utilizam a defesa da insanidade temporária depois de terem assassinado o parceiro infiel. Assim o faz o parceiro infiel quando justifica a infidelidade. Assim o fazem todos os grandes empresários que utilizam a culpa da doença de Alzheimer quando acusados de fraude contra os acionistas.
Assim o faz uma criança no recreio ao dizer que um amigo o obrigou a fazê-lo. Assim o faz cada um de nós quando voluntariamente alinhamos com uma sugestão subtil do terapeuta de que devemos culpar os nossos pais pela nossa infelicidade actual. Assim o faz um político que culpa as condições sociais pela criminalidade da zona. (…) Assim o fazem todas as pessoas que consultam o horóscopo. Em cada caso existe um abraço voluntário, feliz e agradecido ao determinismo. Longe de amarmos o livre-arbítrio, parecemos ser uma espécie que positivamente se precipita para o entregar (ao tribunal) sempre que pode.
Adaptação de Matt Ridley, Genoma, Gradiva
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arranjar coragem;
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analisar os conteúdos do texto e do vídeo;
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esclarecer dúvidas (usando o comentário);
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enunciar o problema em análise;
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definir a/as tese/s assumida/s;
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identificar os argumentos que sustentam a/s tese/s assumida/s.
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arriscar expôr uma posição própria sobre o assunto.
Por agora, se conseguirem chegar ao ponto 3, já fico satisfeito. O resto pode ir sendo feito até ao final do ano letivo, de acordo com o vosso ritmo e disponibilidade. Bom trabalho!